Tudo é tão inacreditável, será que é real? Parece que somos parte de um roteiro totalmente elaborado pelo destino. Atores e atrizes prontos para improvisar, mentir, chorar, amar, odiar e principalmente viver. Faltam adjetivos que descrevam essa peça chamada vida, pois para encená-la não existem receitas prontas e apenas quem se arrisca a vivê-la pode entender o seu verdadeiro significado. Em contradições a vida segue seu rumo sem esperar os que pararam.
Dias, semanas, meses e anos, para alguns não significam nada, mas para outros são as estações da vida, sinônimos de recomeço. Por motivos diversos todos somos obrigados a fazermos paradas, mas graças ao inventor da vida também foi nos dada à oportunidade de recomeçar de onde paramos.
Por necessidade de nos localizarmos usamos datas e creio que esse seja o motivo do ano novo ser tão desejado. Mas antes de começar o novo é necessário relembrar como foi o velho.
O ano velho foi o ano da saudade. Ano que aprendi a viver, sofrer e perder. Sinto saudades dos momentos que não voltarão, das horas que passei jogando conversa fora, das vezes que ri sem ter motivo e das pessoas que deixei para trás.
Sempre soube que nada é eterno, mas aprendi da pior forma que perdemos as pessoas que apreciamos quando mais precisamos delas. Sinto tanta saudade que chega a doer. Os dias se passam e acabamos esquecendo as nossas agonias e as coisas que nos fizeram tristes. Descobri que a melhor dádiva que possuímos é o dia seguinte e que os momentos felizes compensam qualquer tristeza.
Não é só de infelicidades que se vive a vida, sendo esta repleta de coisas belas, basta-nos apenas saber olhar para o que está ao nosso redor.
Nesse ano tive momentos inesquecíveis e conheci pessoas que sinceramente creio que ficarão ao meu lado enquanto eu respirar. Percebi que me preocupar demais é levar a vida a sério, sendo que para esta basta brincar e ser destemido.
Encontrei explicações para coisas que eu achava inexplicáveis e me deparei com novas perguntas sem resposta. Agora sei o que e quem faz meu coração pulsar mais forte. Descobri que às vezes os segundos valem mais que horas.
Aprendi que sentir saudade é bom, quer dizer que não esquecemos e que ainda amamos. Aprendi também que os amigos são as pessoas que nos ajuda a lembrar quem somos. Mas a lição mais importante que aprendi é que os laços que formamos são tênues, alguns se rompem e outros nos seguram.
Vou sentir saudades de todas as vozes, toques, rostos e do tempo...
Que venha o novo, e, que com este também venham novas pessoas, alegrias, risos, momentos, tristezas e agonias. Que venha o que estiver no roteiro...
Nícolas Hoannys
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